Quero agora gritar,
mas me falta o som,
mas me falta o dom,
mas me falta o tom.
Quero agora me exibir,
mas me falta a imagem,
mas me falta a embalagem,
mas me falta a coragem.
Quero agora sair,
mas me falta a direção,
mas me falta a noção,
mas me falta a ação.
Quero agora o silêncio,
mas me falta a paz,
mas me falta o gás,
mas me falta o “aqui jaz”.
Resta-me querer esta poesia
pouca, rouca, mouca e louca.
Nilton Serra
4 comentários:
Gostei! Se você tivesse escrito um quarteto a menos, você teria composto um soneto shakesperiano. E o melhor de tudo: sem saber!
Bjs
te achei!!!!!!!!!!!!!
Ni! Pareceu-me poesia do Arruda, e pode tomar isso como um baita elogio! Lindo demais, adorei! Beijão!
Olá, amigo!
Passei pra agradecer as lindas palavras deixadas em meu blog e reafirmar a minha admiração pela forma como você se expressa, quer em palavras soltas, brancas e livres, quer no redemoinho de emoções cheias de cadência e rimas.
E não posso esquecer seu dom com imagens... Você já voou, sim, nas asas de um pássaro!
Beijo enorme!
Janete
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