Mesmo com as cortinas fechadas, a boca do palco do Teatro Paulo Autran, no SESC
Pinheiros, neste último domingo, dia 27 de janeiro, dava sinais do que seria o cenário e o clima do show Achou! de Ceumar e Dante Ozzetti que faria a segunda apresentação do CD com o mesmo nome neste ano. No chão, estavam espelhadas inúmeras folhas secas. Nenhuma referência explícita à música de Nelson Cavaquinho e Guilherme Brito, mas é impossível não fazer uma analogia, ainda mais em tempos de Carnaval e... Bom, eu fiz! rs
Ao abrir o pano, começou um passeio musical pelo violão de Dante junto a voz inigualável de Ceumar. As folhas se espalhavam por todos os lados cuja energia era um convite a um passeio para se subir este morro musical, queimando-se ao sol e acabando-se ao lado do violão, de Dante é claro!

Ao abrir o pano, começou um passeio musical pelo violão de Dante junto a voz inigualável de Ceumar. As folhas se espalhavam por todos os lados cuja energia era um convite a um passeio para se subir este morro musical, queimando-se ao sol e acabando-se ao lado do violão, de Dante é claro!
Os dois estavam acompanhados (muito bem acompanhados, diga-se de passagem), de Webster Santos (violão), Du Moreira (baixo), Sérgio Reze (bateria) e Milton Mori (cavaquinho). A linda iluminação ficou por conta de Marisa Bentivegna e a direção do espetáculo foi de Marcelo Romagnoli. Tudo devidamente registrado pelas lentes da TV Sesc e em breve o show estará sendo transmitido para todo o país pelo canal.
A intérprete e o compositor trabalharam o repertório do disco recente: Pra lá, Partidão, Achou!, Alguém Total, Alto Mar, Parei Querer, Parte B, Saia Azul, Visões, A Tardinha, Praga e Lenha na Quentura. Ainda nos presentearam com Vou Voltar, Dindinha e a inédita Ciranda. Não, Folhas Secas não entrou no repertório, mas na minha imaginação foi referência, pois fui me acabando no show.
Não conseguiria criticar nenhum show com o rigor que uma crítica musical necessita (nem tenho muita paciência para isso), mas vou falar sobre aquilo que senti, pois creio ser a experiência sensorial o impulso primordial que o show desse pessoal tenta conduzir na relação deles com a platéia. Mas antes, só para não fugir à regra, dou a este espetáculo todas as estrelas do universo.
Conheci Ceumar muito antes de Dante e confesso que o

De repente, penso nessas estrelas da moda, cuja música toca de cinco em cinco minutos no rádio, que não tiram o rosto da TV, cuja a produção vale uma fortuna e para você conseguir sentir alguma coisa no show a luz tem que explodir na sua cara e o som tem que estar nas alturas... Em contrapartida, é tão bom encontrar pessoas como a Ceumar que fazem a sua arte com o que ela apenas precisa ter: qualidade.
2008 começou bem! Espero que a Dindinha continue voando nesse imenso jardim de folhas secas que é o planeta, fazendo nascer naquelas pessoas que entram em contato com a sua energia, flores, amores, esperanças, sorrisos, leveza e paz... Quanto a mim, sempre que com ela estiver em contato, eu vou me acabando...
PS: Peço desculpas pelo tempo que fico sem aparecer aqui e minhas promessas vazias de que dessa vez vou demorar menos. Hoje gostaria de ter escrito muito mais sobre a Ceumar, mas o cansaço não permite. 2008, como eu disse, começou bem e espero que seja um ano produtivo no que diz respeito a verborragia no teclado! rs
Até sempre!
Nilton